segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Decoração em creme de manteiga (Curso Wilton 1)

Olá caros amigos! Mais uma ausência prolongada. Começa a tornar-se um hábito! Trabalho e mais trabalho. Trabalho, trabalho, trabalho. Não sobra um tempinho para fazer bolinhos novos.

Os últimos dias têm sido uma verdadeira loucura. Estive em Turim, Itália, até ao dia 17, onde fui proferir uma conferência, que obrigou a uma preparação demorada. Foram vários dias de stress e de trabalho árduo! Para além disso, tive de entregar até ao dia 21 um artigo em inglês. Mais uma vez, tive concentrada apenas nisso e nada de cozinha!

Apenas no dia 22 fiz qualquer coisinha relacionada com a minha "actividade extra de pasteleira": fui fazer o meu primeiro curso (de um conjunto de quatro) da Wilton na escola da loja Isto Faz-se. Aprendi bastante sobre como fazer e como trabalhar o creme de manteiga, assim como a "desenhar" com o saco de pasteleiro. Já tinha feito algumas decorações simples com o saco, mas nada de especial. Até porque não tinha os melhores materiais para isso. Agora tenho tudo! Terminado o curso ficamos com um kit bastante completo da Wilton, uma marca norte-americana cujos utensílios são conhecidos pela alta-qualidade e durabilidade.

Depois destas aulas, só resta praticar! Voltarei para o ano para frequentar os restantes cursos.

Aqui fica uma fotografia dos meus singelos trabalhos durante esta aula do Curso Wilton 1 - Creme de Manteiga: um bolo e três cupcakes. Como podem ver na fotografia, aprendemos a fazer diversos desenhos, com diferentes bicos do saco de pasteleiro, a usar os corantes em creme de manteiga e a conceber flores, desde os simples girassóis, às intrincadas rosas.

Em breve espero ter outros bolinhos decorados com esta técnica. Espero que gostem!



quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Bolo Rei Francês (Galette des Rois)


Depois de uma ausência mais ou menos prolongada, com muito trabalho à mistura, estamos de volta com uma nova receita!

Esta é a minha época favorita do ano: o natal! Por isso vou tentar publicar várias receitas de Natal até ao dia 6 de Janeiro, o Dia de Reis. Hoje aqui fica primeira.

Para quem não gosta do bolo rei português (como eu!), cheio de frutas cristalizadas, tem esta receita alternativa de bolo rei francês com recheio de amêndoa. Na verdade, não tem nada a ver com o nosso, mas isso não interessa nada! É bom e isso é o que interessa. Não é uma tradição portuguesa, mas pode passar a ser nas vossas casas. Tem tudo a seu favor: não tem aquelas frutas pouco apelativas, é super fácil de fazer (ao contrário do "nosso" bolo rei) e é delicioso (e não temos de andar a escolher as frutas para conseguir comer só a massa, como acontece no bolo português).

A preparação demora 10 minutos, se tanto, e a cozedura 40 minutos. E está pronto a comer! Não parece mesmo uma coroa? Ora vejam...


Ingredientes
  • 200 g de amêndoa moída
  • 200 g de açúcar
  • 100 g de manteiga derretida
  • 1 colher de café de baunilha
  • 2 ovos
  • 2 bases de massa folhada
  • 1 gema de ovo

Preparação

Juntar a amêndoa, o açúcar, a manteiga derretida, a baunilha e os ovos até formar uma massa uniforme.


Dispor numa tarteira untada uma das bases de massa folhada e rechear com o creme de amêndoa, alisando bem.

Cobrir com a outra base de massa e fechar bem as junções entre as duas massas. Podem ser seladas com um garfo ou com as pontas dos dedos (eu fiz uma espécie de ondinhas com os dedos).


Com uma faca afiada ou um palito, fazer uns riscos leves na massa formando uma espécie de gradeamento. Pincelar com a gema de ovo e levar ao forno pré-aquecido a 180ºC por 40 minutos.


Receita adaptada de Sem Stress.

domingo, 22 de novembro de 2015

Creme de maizena



Sabem aqueles dias em que nos apetece um doce quentinho? Conhecem aqueles dias em que estamos em casa, em que não queremos fazer nada (ainda que tenhamos bastante trabalho acumulado, a casa para limpar e um monte de roupa para passar), e que só queremos ficar no sofá a ver televisão (às vezes a ver programas que temos vergonha de admitir que vimos)? Esta receita é o parceiro perfeito para estes dias de fim-de-semana: fácil, rápido e feito a partir de ingredientes que temos sempre na dispensa.

Não posso dizer que este creme seja propriamente um sobremesa. Esta é a receita típica de uma papa de maizena, o chamado mingau, que é geralmente feita para o pequeno-almoço, lanche ou como substituição de uma refeição mais ligeira. No entanto, eu recorro a este creme sempre que tenho vontade de comer arroz doce ou leite creme, por exemplo. Claro que não é a mesma coisa! Mas serve para enganar os meus ímpetos de açúcar. Para além disso é uma óptima receita para ter à mão quando surge alguma visita inesperada e se precisa de uma sobremesa em dois minutos.

 A receita que aqui publico dá para duas tacinhas de sobremesa. Gosto especialmente deste creme quentinho, acabado de sair da panela, e polvilhado com muita canela.




Ingredientes:
  • 3 1/2 colheres de sopa de farinha maizena (amido de milho)
  • 4 colheres de sopa de açúcar amarelo (pode ser substituído por açúcar branco)
  • 1 chávena de leite
  • 1 casca de limão
  • canela
Preparação

Numa panela pequena colocar a farinha, o açúcar e o leite. Misturar com um batedor de varas até não haver grumos.

Juntar a casca de limão e levar ao lume brando, mexendo sempre com o batedor de varas, até engrossar. O creme forma-se muito rapidamente (2-3 minutos). Logo que comece a engrossar, bater energicamente e desligar o lume quando atingir a consistência desejada.


Dividir o creme em duas taças de sobremesa e polvilhar com a canela.


domingo, 15 de novembro de 2015

Bolo de claras


Na semana passada fiz um bolo de bolacha recheado e coberto com doce de ovos, o que fez com que sobrassem algumas claras. Guardei-as no frigorífico, numa caixa hermética, e resultaram (com mais alguns ingredientes) neste bolinho fofinho.

É um bolo simples, rápido de fazer e perfeito para um lanche de fim-de-semana.

Este que vos mostro nas fotografias foi feito ontem à tarde e só sobraram duas fatias. Acho que não sobreviverão até amanhã.

Espero que gostem!


Ingredientes
  • 2 chávenas de açúcar
  • 4 colheres de sopa de manteiga sem sal
  • 1 colher de sopa de óleo
  • rapas de 1 limão (opcional)
  • 3 chávenas de farinha
  • 1 colher de sopa de fermento
  • 1 chávena de leite + 3 colheres de sopa
  • 4 claras

Preparação

Bater o açúcar, a manteiga e as 3 colheres de sopa até formar um creme fofo.

Juntar pouco a pouco a farinha peneirada, o fermento e o leite ao creme anterior.

Bater as claras em castelo firme.


Envolver o óleo, as raspas de limão e as claras na massa.


Levar ao forno pré-aquecido a 180º C por 30 minutos (ou até o palito sair limpo) numa forma de buraco.



domingo, 8 de novembro de 2015

Bolo de bolacha com doce de ovos


O mítico chefe Silva faleceu no dia 14 de Outubro e ainda não tinha tido oportunidade de lhe prestar uma homenagem. Mas é curioso como este blog tem tão pouco tempo e o chefe Silva já tinha sido mencionado noutra receita. Aí mencionei a importância que os livros da Teleculinária e o chefe Silva tiveram na minha infância e adolescência e, sobretudo, na minha introdução no mundo da cozinha. O meu primeiro bolo foi o famoso bolo fofo de chocolate da Teleculinária quando tinha 12 ou 13 anos, e desde essa altura que acho que não há nenhum como aquele. Passava horas a folhear as páginas dos diversos volumes da Teleculinária com receitas tipicamente portuguesas, aquelas fotografias já amareladas pelo tempo, mas que em nada retirava o seu ar vintage e quase nostálgico.

Posso não ser do tempo dos programas televisivos do chefe Silva, as suas receitas podem ser já consideradas ultrapassadas e excessivamente pesadas. Para mim são as mais sinceras, as mais honestas, as mais simples. A cozinha do chefe Silva deve ser aquela com que mais me identifico. Sem complicações, com ingredientes quotidianos, com uma forte componente portuguesa. Acho que, até certo ponto, fui também moldada pelas mãos do chefe Silva.

Nunca esqueci os seus livros e é a eles que regresso hoje. E este é o meu pequeno tributo ao chefe Silva e à sua carreira.

Este é um bolo que "é o chefe Silva num prato", como dizem os ingleses. É uma mistura de dois must da culinária portuguesa: o bolo de bolacha e o doce de ovos. Acho que não fica nada a atrás das receitas tradicionais com creme de manteiga ou natas. Até é capaz de ultrapassar! Na minha família foi um sucesso e satisfez aqueles que não gostam de manteiga nem de natas ou que acham os cremes típicos muito enjoativos. De facto, embora à primeira vista a mistura da bolacha com o doce de ovos possa parecer uma junção explosivamente doce, isso não é verdade. Tem a medida certa de açúcar e um ligeiro travo a limão. Vale a pena experimentar.

Para o chefe Silva era o bolo amoroso, para mim é o bolo perfeito.


Ingredientes

Para o doce de ovos

250 g de açúcar
1 colher de chá (cheia) de amido de milho (farinha maizena)
1 casquinha de limão
4 ovos inteiros + 4 gemas*
1/2 colher de sopa de manteiga sem sal (ou margarina)
4 colheres de sopa de água
1 chávena de café com leite

Para o bolo

300 g de bolacha Maria
1 chávena de café com leite

Preparação

Num tacho misturar bem o açúcar e o amido milho. Juntar os ovos e as gemas, a manteiga, o limão e a água e mexer muito bem.

Levar ao lume brando, mexendo sempre com uma colher de pau, raspando bem o fundo para não pegar. Quando começar a borbulhar ligeiramente e a formar um creme, retirar do lume. Bater rapidamente com a vara de arames para destruir os pequenos grumos que se tenham formado. Deixar arrefecer.


Escolher o prato em que se irá servir o bolo. Para fazer a primeira camada, molhar as bolachas no café com leite e dispor no prato em forma de flor: uma bolacha no centro e seis à sua volta. Barrar uma camada fina de doce de ovos sobre as bolachas. Molhar novamente seis bolachas no café com leite e colocar sobre a camada de doce de ovos. Repetir este processo até terminarem as bolachas. No final, o bolo deve ser totalmente coberto com doce de ovos.



Observações: caso se pretenda um bolo redondo e não em forma de flor, as camadas de bolachas devem ser colocadas desencontradas, como se vê na imagem abaixo.


* Vão sobrar quatro claras nesta receita. Que tal fazer um bolinho? Veja a receita aqui: http://lapatisserieblog.blogspot.pt/2015/11/bolo-de-claras.html




domingo, 1 de novembro de 2015

Tarte de abóbora


Ontem foi dia de Halloween. Tinha de haver uma receita com abóbora!

Há algumas semanas que estava a guardar uma pequena abóbora que tinha vindo num dos cabazes de produtos biológicos que compro às sextas-feiras, de quinze em quinze dias. Sabia que iria precisar de abóbora nesta altura, pelo que a utilizei como objecto decorativo na minha cozinha...até ontem.

A receita não é complicada. Ainda assim, acho que tem muitos pequenos passos a seguir, sobretudo no que se refere à massa. Ora é para refrigerar, ora é para cozer, ora é para arrefecer, ora é para cozer novamente. Não sei bem se estes tempos de espera fazem alguma diferença ou não. Eu decidi seguir o método de preparação à risca, não vá alguma coisa correr mal. Afinal é uma receita do Jamie Oliver!

Alterei só uma coisinha pequenina nos ingredientes, acho que a sabor da abóbora pedia um pouco mais de açúcar. A receita que publico é já a versão melhorada da que fiz ontem. Esta será bem mais doce!

Como poderão ver, tive um pequeno problema com a decoração tarte. A minha ideia era fazer uma cara malvada típica das abóboras do dia das bruxas. Fiz um molde em papel vegetal para fazer o desenho com canela ou açúcar em pó. Mas não resultou! A canela não se via e o açúcar desaparecia passado uns minutos. Decidi experimentar a pasta de açúcar. Correu bem na altura. No entanto, estava muito calor dentro do carro no caminho entre Lisboa e Mafra. A pasta de açúcar derreteu e ficou colada ao papel de prata que protegia a tarte. Por isso verão algumas fotografias em que a "cara" da tarte está completamente derretida. Bem, o que interessa é que a tarte estava boa!


Ingredientes

Para o recheio:

1,4 kg de abóbora
50 g de manteiga sem sal
180 g de açúcar amarelo
4 colheres de sopa rasas de farinha
1 colher de café de noz-moscada
1 colher de chá de canela
1 1/2 colheres de chá de extracto de baunilha
2 ovos

Para a massa:

250 g de farinha
50 g de açúcar amarelo
1 colher de café de canela
125 g de manteiga sem sal fria
1 ovo

Preparação

Cortar a abóbora em pedaços, limpar as sementes, e levar ao forno a 180º C, por uma hora. A casca pode ser retirada antes ou depois da abóbora ser colocada no forno. Passado este tempo, deixar a abóbora arrefecer um pouco, antes de fazer o recheio da tarte.

Enquanto a abóbora assa, pode fazer-se a massa. Colocar num recipiente a farinha, o açúcar, a canela e a manteiga. Amassar com as mãos até a mistura se parecer com migalhas de pão. Juntar o ovo e amassar novamente. (Na verdade fiz todo este processo na batedeira, com a pá de massa, e ficou perfeita!)

Esticar a massa com o rolo formando um disco e envolver com película aderente. Levar ao frigorífico por 30 minutos.

Depois, dispor a massa na tarteira e levar ao frigorífico por mais 10 minutos.

Levar a massa ao forno por 10 minutos a 180º C. Deixar arrefecer.

Triturar a abóbora, a manteiga derretida, o açúcar, a farinha, a noz-moscada, a canela e a baunilha, com a varinha mágica. Juntar os ovos e misturar novamente com a varinha.


Deitar o recheio sobre a massa pré-cozida e levar ao forno a 180º C por 45 minutos.


domingo, 25 de outubro de 2015

Bolachas com pepitas de chocolate


Desde que criei este blog que queria publicar uma receita de bolachas de estilo americano. Uma boa parte dos sites e blogs que sigo são de origem americana e, por isso, todas as semanas tenho acesso a um sem número de receitas de bolachas com um aspecto fantástico, recheadas com pepitas de chocolate de leite, negro, branco, manteiga de amendoim, frutos secos. Para além disso tinha comprado um novo conjunto de cortadores de biscoito que queria imenso experimentar. Infelizmente esta massa é muito oleosa e cola-se aos cortadores. Tive de fazer as bolachas à mão. Portanto já sabem que em breve haverá outra receita de bolachas para estrear o equipamento novo.

As bolachas que agora vos apresento são descritas como as melhores bolachas com pepitas de chocolate de sempre num site em que tenho grande confiança. Já fiz diversas receitas de lá e correrem sempre bastante bem. No entanto, acho que devemos sempre desconfiar. Basta fazer uma pesquisa pelo google e muitos são os resultados para as melhores bolachas de sempre. Decidi, ainda assim, dar uma oportunidade ao I am baker e à sua autora, que jurava a pés juntos que estas bolachas são simplesmente perfeitas. 

Na verdade, o resultado até pode ser fantástico e a preparação muito semelhante a umas bolachas de manteiga simples. Mas a lista de ingredientes pareceu-me inacreditável. Duas farinhas e dois açúcares diferentes?! Que trabalheira! Deixar descansar  a massa por 24 a 36 horas?! Nem pouco mais ou menos! Depois de um primeiro ataque de fúria, respirei fundo e fui às compras. Tinha de experimentar! E não é que são mesmo muito boas! Confesso que quando as tirei do forno e as experimentei passado pouco tempo, não fiquei muito impressionada. Mas com o passar das horas vão ficando cada vez mais suaves e macias, com um sabor mais apurado a chocolate. Já fiquei mais convencida.

Quanto à lista de ingredientes, ainda não posso dizer se as duas farinhas diferentes alteram alguma coisa ao resultado final. Acho que os açúcares fazem todo o sentido, as farinhas menos. Só mesmo fazendo uma fornada com apenas uma farinha se consegue tirar as teimas. É experimentar! E quanto à refrigeração da massa, tanto na descrição da receita como nos comentários, todos são unânimes em dizer que este período de repouso faz toda a diferença nas bolachas. Quem sou eu para contrariar o que dizem os pasteleiros?

Se são as melhores bolachas com pepitas de chocolate do mundo? Não consigo dizer. Experimentem e digam o que acham. Amanhã terei outras opiniões na Faculdade. Esta receita rende muitas bolachas, mesmo muitas! Cá em casa ficaram aprovadas. 


Ingredientes

2 chávenas (menos duas colheres de sopa) de farinha fina ou extra fina (para bolos)
1 2/3 chávenas de farinha tipo 65
1 1/4 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1 1/2 colheres de chá de fermento
1 colher de chá de sal
1 1/4 chávenas de manteiga sem sal
1 1/4 chávenas de açúcar amarelo
1 chávena + 2 colheres de sopa de açúcar branco
3 ovos médios
2 colheres de chá de extracto de baunilha
200 g de chocolate de culinária (ou pepitas de chocolate)

Preparação

Peneirar as farinhas, o bicarbonato, o fermento e o sal para um recipiente.

Na batedeira, utilizando as pás de bater massa, misturar a manteiga e os dois tipos de açúcar até estarem bem ligados (mais ou menos 5 minutos). 


Depois, com a batedeira numa velocidade média, juntar os ovos um a um e a baunilha. A seguir, adicionar gradualmente os ingredientes secos anteriormente peneirados. 


Finalmente, envolver na massa o chocolate cortado em pedaços muito pequenos.



Formar uma bola e tapar com película aderente. Levar ao frigorífico por 24 a 36 horas.



Passado o tempo de repouso, formar, com as mãos e com o auxílio de duas colheres, bolinhas e depositar num tabuleiro forrado com um tapete de silicone ou papel vegetal, 


Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC por 10 a 12 minutos. As bolachas estão moles quando saem do forno, pelo que não se deve retirá-las do tabuleiro de imediato, pois poderão partir-se.

Receita adaptada de I am baker






sábado, 17 de outubro de 2015

"Rabanada" de croissant e caramelo


Tinha uns pequenos croissants (os chamados "fofos" ou "fofinhos" que existem em todos os supermercados) cá em casa que rapidamente ficaram secos e duros. Não os queria deitar fora, mas também não estavam bons para comer assim. Pensei em torrá-los no forno ou na torradeira. Depois achei que os poderia aproveitar de outra forma.

Lembrei-me de uma receita que vi num dos programas da Nigella Lawson. Nesse episódio, a Nigella chegava a casa, depois de uma noitada, e cozinhava uma espécie de pudim a partir de dois croissants que tinha em casa. Decidi fazer o mesmo! Fui buscar a receita da Nigella e fiz alterações conforme o que tinha em casa (está a chover, não apetece nada ir às compras!). Em vez de usar natas e leite, usei apenas leite. Em vez do bourbon, preferi o vinho do Porto. Até ficou mais português! Acrescentei ainda um pouco de canela e açúcar em pó.

Devo dizer que esta receita, a meu ver, não serve para sobremesa, a não ser que se sirva morna e com gelado, natas batidas, um creme de pasteleiro, ou outro tipo de molho de acompanhamento. Caso contrário é um doce perfeito para um brunch, lanche, ou para um breakfast for dinner. Tem uma consistência semelhante a uma rabanada não oleosa, e cuja doçura vem do próprio bolo e não do açúcar que o polvilha.

Percebi no site da Nigella que algumas pessoas fizeram esta receita com pão em vez de croissant. Dizem que fica óptimo!

O aspecto pode não ser brilhante, mas acreditem que é um perfeito lanche de fim-de-semana chuvoso!


Ingredientes
  • Croissants (usei 6 pequenos, tipo "fofinhos)
  • 1/2 chávena de açúcar
  • 2 colheres de sopa de água
  • 250 ml de leite
  • 2 colheres de sopa de vinho do Porto
  • 2 ovos
  • Canela
  • Açúcar em pó

Preparação

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Partir grosseiramente os croissants, com as mãos, para o recipiente que irá ao forno (utilizei um pequeno tabuleiro de porcelana).



Numa panela pequena aquecer o açúcar e a água em lume brando até formar um caramelo dourado claro (3 a 5 minutos). O caramelo não deve ser mexido com qualquer utensílio, deve-se apenas abanar a panela.



Quando o caramelo estiver formado, baixar o lume para o mínimo e juntar o leite, batendo rapidamente com um vara de arames (qualquer bocado de caramelo rijo que se formar vai derreter à medida que se for mexendo). Este processo deve ser feito com cuidado, pois a mistura vai ferver e pode deitar por fora. Juntar o vinho do Porto e deixar ferver mais um minuto, mexendo sempre.


Tirar a panela do lume e juntar os ovos batidos, mexendo sempre com a vara de arames para os ovos não cozerem.

Deitar a mistura de caramelo sobre os croissants partidos, mergulhando-os de forma uniforme. Se os croissants estiverem muito secos deve deixar-se repousar por 10 minutos.


Polvilhar com canela e levar ao forno por 20 minutos.

Servir quente ou frio, polvilhado com mais um pouco de canela e açúcar em pó.


domingo, 11 de outubro de 2015

Bolo de chocolate - Bolo Ursinho - Bolo do Rafael



O que seria um blog de doces sem uma receita de bolo de chocolate! Eu adoooooooro chocolate e adooooro bolo de chocolate, desde o mais simples ao mais elaborado. 

Lembro-me bem do maravilhoso bolo de chocolate feito pela Maria, a minha ama, que fazia apenas em ocasiões especiais. Ou o bolo fofo de chocolate do mítico Chefe Silva que tantas vezes foi feito em minha casa, com uma receita que rendia sempre dois bolos! Que saudades! Talvez um dia recupere uma destas receitas aqui no blog. Infelizmente, não herdei os livros da Teleculinária da minha mãe. A minha irmã chegou primeiro! 

Brigas à parte...este não é um bolo do Chefe Silva, ainda que tenha um ar bastante vintage (para não dizer antiquado) pela forma como o decorei. Neste momento, estou a esvaziar a minha casa de infância e descobri na cozinha uma forma de bolos em forma de urso que comprei quando tinha 13 ou 14 anos. Como o pequenino Rafael, o meu priminho, fazia dois anos este mês, achei que seria a oportunidade perfeita para reutilizar esta forma. Decidi, então, que tinha de fazer um bolo com cobertura de chocolate. Nada ficaria melhor do que um urso com pelo castanho feito de creme de chocolate!

Procurei pela internet receitas de bolos de chocolate com cobertura e encontrei uma que parecia perfeita e com feedbacks óptimos por parte dos leitores. As fotografias eram, também, bastante apelativas! Não fiz grandes alterações porque, na verdade, não foi necessário. O bolo é fantástico, não vale a pena mexer em nada!

Voltando à forma que iria usar para este bolo...esqueçam. Nunca mais a vou usar! Por causa dela tive de fazer três bolos em vez de um! O bolo ficou sempre colado no fundo, ainda que a tenha untado cuidadosamente e coberto de farinha de maneira uniforme. Na primeira tentativa fiz a receita que agora publico, ficou colado e partido. Na segunda, fiz um bolo de cacau simples (que irei publicar em breve) que me parecia mais resistente, ficou colado e partido! À terceira, desisti complemente da forma. 

Mas se era um urso que queria, era um urso que tinha de sair! Decidi fazer só a cara do urso, usando duas formas redondas para a estrutura principal. Utilizei restos dos bolos partidos para as orelhas e focinho, moldando-os com um cortador de bolachas circular. Cobri tudo com creme de chocolate, um pouco de pasta de açúcar para alguns pormenores e já está! 

Em forma de urso ou não, este bolo é perfeito para os viciados em chocolate que andam por aí. Foi um sucesso no aniversário do Rafa! E sim, é uma bomba calórica! Desculpem lá qualquer coisinha.

Deixo a receita para o bolo "normal" e uma versão "revista e aumentada" para quem quiser fazer o ursinho. Enjoy!




Ingredientes

Para o bolo:

2 chávenas de açúcar
1 ¾ chávenas de farinha
¾ chávenas de cacau
1 ½ colher de chá de fermento
1 ½ colher de  chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá  de sal
2 ovos
1 chávena de leite
½ copo de óleo
1 colher de  chá  de aroma de baunilha
1 chávena de água a ferver


Misturar num recipiente os ingredientes seco: o açúcar, o cacau, o fermento, o bicarbonato de sódio, o sal e a farinha peneirada. Ir juntando os ingredientes húmidos (ovos, leite, óleo, baunilha) à mistura anterior batendo com a batedeira na velocidade média, até formar uma massa homogénea. Por último, adicionar a água a ferver e bater mais um pouco. A massa vai ficar bastante líquida.




Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC em duas formas redondas iguais (20 cm) por 35 a 40 minutos, ou até o palito sair limpo.

Esperar 15 minutos e desenformar. Deixar arrefecer completamente. 

Rechear e cobrir os bolos com o creme de chocolate.



Para o creme de chocolate:

150 g de manteiga sem sal (à temperatura ambiente)
4  chávenas de açúcar em pó
1 chávena de cacau
2/3 chávena de natas para bater (devem estar frias)
1 colher de chá de aroma de baunilha

Bater todos os ingredientes na batedeira até formar um creme firme. Caso fique demasiado rijo, pode adicionar-se mais natas aos poucos, à medida que for necessário.




Esta receita rende uma quantidade generosa de creme.


Receita adaptada de Simplesmente Delícia


Bolo Ursinho

Para fazer o ursinho é necessário fazer o dobro da receita de bolo que publiquei acima: um para a cara, outro para as orelhas e focinho. Talvez um bolo e meio chegue, mas é mais difícil fazer meia receita e ter a certeza que sai bem. Mais vale prevenir! O que sobrar podem sempre congelar ou comer mais tarde. 

Quanto ao creme, a receita acima chega perfeitamente.

Material necessário

3 cortadores redondos: grande (11 cm), médio (6 cm), pequeno (1 cm)
Pasta de açúcar pérola ou branca
Pasta de açúcar preta
Cola alimentar (ou geleia)
Saco de pasteleiro
Bico de pasteleiro em forma de estrela

Com cortador grande, cortar 3 círculos de bolo. Depois, cortar um desses círculos ao meio, o que formará as orelhas.

Colocar o círculo de bolo sobre o bolo inteiro e as metades sobre o prato, para formar as orelhas, colando os elementos com um pouco de creme de chocolate.




Cobrir todo o bolo com uma camada fina de creme de chocolate.

Cortar com o cortador grande um círculo de pasta de açúcar pérola. Fazer o mesmo com o cortador médio, dividindo este último círculo em dois. Colar o círculo grande de pasta sobre o círculo de bolo, formando o focinho, e colar as metades do círculo médio de pasta sobre as orelhas.




Cortar duas tiras finas iguais e formar o nariz com pasta de açúcar preta. Colar sobre o focinho, formando o nariz e a boca.




Cortar dois círculos médios de pasta de açúcar branca e dois círculos pequenos de pasta de açúcar preta. Formar os olhos e dispor sobre o bolo.

Encher o saco de pasteleiro com o creme de chocolate que sobrou e decorar todo o bolo para fazer o pelo do urso.