domingo, 21 de fevereiro de 2016

Bolo de malas de viagem



As duas últimas semanas foram carregadas de aniversários na minha família: no dia 10 fez o meu irmão; no dia 11 o meu padrasto; no dia 16 a minha mãe e o meu namorado; no dia 20 a minha tia. Cinco aniversários em duas semanas!

Ontem fizemos uma festa para os cinco e, como não poderia deixar de ser, fiquei com o bolo a meu cargo. Tive alguma dificuldade em conseguir arranjar um tema que tivesse uma ligação com todos os aniversariantes e que servisse tanto para homens como para mulheres. Depois de muito pensar lembrei-me de algo que todos gostam de fazer: viajar! E como colocar esse tema num bolo? Malas de viagem!



Fiz, então, dois bolos. Uma mala castanha rectangular, estilo vintage, que foi o bolo dos rapazes, e um bolo circular pequeno, uma espécie de chapeleira antiga, para as meninas. Os nomes dos rapazes surgiam escritos em autocolantes, como acontecia nas malas antigas com autocolantes dos monumentos, hóteis, cidades ou países visitados pelo seu proprietário. Sobre a mala redonda, foi colocada uma flor e, ao seu lado, em etiquetas antigas, estão os nomes da minha mãe e da minha tia.

A decoração é 100 % comestível! Tudo feito em pasta de açúcar!


A mala castanha é de noz fingido, creme de pasteleiro e praliné de avelã. Já a azul é de iogurte e lemon curd. Foram um sucesso!

Espero que gostem.


Bolo de maçã e caramelo - Bolo do Armando



Quem gosta de bolo de maçã? O meu namorado adora! Dia 16 foi o aniversário dele e eu tinha de descobrir uma forma de lhe oferecer um bolo com maçã. Não tinha uma ideia concreta de como o iria fazer, pois as receitas que conhecia eram todas de bolos simples, os típicos bolinhos para o lanche ou para o chá. Não são propriamente bolos de aniversário!

Foi difícil transformar um bolo de maçã num bolo de aniversário. Como foi feito durante a semana, não conseguiria fazer uma decoração muito elaborada. Era praticamente impossível agarrar em pasta de açúcar e fazer uma decoração com que ficasse satisfeita apenas durante uma noite, depois de um dia de trabalho e com outro dia de trabalho pela frente. Havia duas alternativas possíveis: decoração com saco de pasteleiro ou um naked cake. Como o aniversariante não gosta de cremes (creme de manteiga? Nem pensar! Chantilly? Que horror!) só restava mesmo o naked. E calhou bem porque ainda não tinha publicado nenhum naked aqui no blog! Ou melhor, eu nunca tinha feito um naked! Como é possível?

Decidido o tipo de decoração do bolo e o sabor preferido, só faltava  mesmo pensar numa receita de bolo que ligasse bem com a maçã. E, já agora, como torná-lo num bolo bonito tendo em conta que a maçã cozida fica com um tom escuro e acastanhado, o que pode ser pouco atractivo para um bolo festivo.

Lembrei-me do bolo que foi um sucesso numa festa anterior e que já publiquei anteriormente aqui no blog: o bolo de noz fingido. Depois foi só juntar maçãs e caramelo!

A decoração foi muitíssimo simples. O bolo foi cortado em três partes, embebido num caramelo com manteiga pouco espesso, recheado e coberto com cubos de maçã. A cobertura foi ainda complementada por rectângulos de fudge e fios de caramelo (infelizmente nas fotografias já estão um pouco derretidos). O fudge, ainda que óptimo, não foi feito por mim. Existem receitas muito simples de fudge, muitas vezes feitos no microondas, em que basta juntar três ingredientes. Por isso, se preferirem, podem fazê-los em casa facilmente. Para acelerar o processo (e já que tive muita sorte em encontrá-los!), comprei estes quadradinhos de caramelo na loja Tiger, no Saldanha, e coloquei-os junto à maçã. Mesmo que não façam esta receita, acho que vale a pena comprá-los! 

Então vamos à receita.


Para o bolo:
  • 6 ovos
  • 2 e 1/5 chávenas de açúcar
  • 1 chávena de pão ralado
  •  1 chávena de leite
  •  1 chávena de óleo
  •  2 chávenas de farinha
  •  1 colher de chá de fermento
  • 1 colher de chá de canela

Bater muito bem as gemas com o açúcar.

Continuando a bater, juntar o pão ralado, o leite, o óleo, a farinha, o fermento e a canela até formar uma massa homogénea.


Bater as claras em castelo e juntar gentilmente ao preparado anterior.


Levar ao forno pré-aquecido a 180º C durante 50 minutos (é possível que demore mais tempo a cozer).


P.S.: Esta receita rende um bolo muito grande, pelo que pode ser facilmente ser reduzida a metade para um bolo de tamanho médio.



Para o caramelo:
  • 1 chávena de açúcar
  • 6 colheres de sopa de manteiga (à temperatura ambiente)
  • 1/2 chávena de água

Colocar o açúcar numa panela e, em lume brando e mexendo sempre, deixar derreter até formar um caramelo claro. Tirar do lume e juntar a manteiga. Mexer novamente.

Deixar arrefecer. Quando frio deverá formar um caramelo muito firme.

Levar o caramelo novamente ao lume brando e juntar a água. Mexer sempre até o caramelo rijo derreter completamente e surgir um caramelo líquido. 

Retirar do lume e deixar arrefecer.


 Para a cobertura e recheio de maçã:

  • 6 maçãs grandes
  • 1/2 colher de chá de noz moscada
  • 3 colheres de chá de canela
  • 3/4 de chávena de açúcar amarelo

Cortar as maçãs em cubos.

Colocar as maçãs numa panela e polvilhar com a noz moscada, a canela e o açúcar. Sacudir a panela para que a maçã se envolva no açúcar.

Levar ao lume brando durante 30 minutos, mexendo de vez em quando.

P.S.: A maçã fica ligeiramente crocante. Se preferir que a maçã fique mais suave, basta deixar cozer por mais alguns minutos. Pode, no entanto, ser necessário adicionar um pouco de água para que a maçã não cole ao fundo da panela.


Montagem do bolo:

Com um cortador de bolos ou uma faca comprida, cortar o bolo em três rodelas.

Escolher o prato onde será servido o bolo. Colocar a primeira rodela no prato e pincelar com o caramelo, como se fosse uma calda de açúcar. Cobrir com a maçã.

Colocar a segunda rodela sobre a anterior e pincelar novamente com o caramelo e cobrir com a maçã.

A última rodela deve ser humedecida abundantemente com o caramelo e coberto com uma quantidade generosa de cubos de maçã. A decoração pode ser complementada com fios de caramelo e rectângulos de fudge.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Bolachas cupido - Bolachas red velvet


Amanhã é dia de S. Valentim! Que tal umas bolachas red velvet?

Estas bolachas são super fáceis de fazer. Basta agarrar na batedeira e ir lançando os ingredientes para uma taça. Mais fácil não há!

A utilização do corante é completamente opcional. Não altera em nada o sabor ou textura das bolachas, só melhora um pouco aspecto. Para quem o quiser usar, aconselho a utilização de corantes em gel ou pasta. Os corantes em líquido podem modificar um pouco o equilíbrio entre ingredientes secos e líquidos e levar a que a receita não resulte. Para além disso, a pasta ou gel deixam uma cor mais intensa com pouca quantidade de produto. No meu caso, usei um corante em pasta da marca PME, na cor "brick red", o que levou a que bolachas não ficassem num vermelho muito vivo. Podem sempre usar um tom mais aberto que resultará, certamente, muito melhor.

Queria fazer uma bolachas com um formato diferente do tradicional coração, por isso peguei no cortador geralmente usado para os bonecos gingerbread do Natal e nuns cortadores em forma de asas de anjo e saiu um cupido! Os dois elementos do cupido, corpo e asas, foram cozidos individualmente e foram colados depois de frios com um pouco de chocolate derretido.


Quanto às decorações, desta vez não usei glacê real, como é costume nas bolachas. Fiz toda a decoração com chocolate derretido através de um saco de pasteleiro, montado com um bico redondo muito fino (número 2 da Wilton). Podem dar azo à vossa imaginação para os desenhos, pois o chocolate é muito versátil e muito fácil de utilizar. Sinceramente gostei mais de trabalhar com o chocolate do que com o glacê. Consegui desenhar facilmente corações, linhas direitas, linhas curvas, bolinhas...

As sobras de massa usei para fazer uns corações. Foram depois mergulhados em chocolate derretido e decoradas com mais chocolate!

Pensava que estas bolachas seriam apenas mais umas. Umas bolachas boas para o café ou para lanche mas que rapidamente toda a gente iria esquecer. Digo-vos já que não! Superaram completamente as minhas expectativas! Têm uma textura suave, embora ainda mantendo a firmeza de uma bolacha, com um ligeiro sabor a cacau e que faz um ligação perfeita, sobretudo, com o chocolate branco. Absolutamente fantásticas!


Ingredientes
  • 150 g (10 colheres de sopa) de manteiga à temperatura ambiente
  • 1 chávena de açúcar em pó
  • 1 colher de sopa de corante vermelho (em gel ou pasta)
  • 1 ovo grande
  • 1/2 colher de chá de baunilha
  • 1 colher de sopa de cacau em pó
  • 1 e 3/4 chávenas de farinha

Preparação

Na batedeira, bater a manteiga com o açúcar até formar um creme macio.

Juntar o corante, o ovo, a baunilha e o cacau e bater novamente.

Continuando a bater, adicionar a farinha aos poucos. Misturar até todos os ingredientes estarem bem unidos e formarem uma massa uniforme.

Formar uma bola com a massa e envolver com película aderente. Levar ao frigorífico por, pelo menos, 30 minutos (quando mais tempo deixar no frio, mais fácil se torna o trabalho com esta massa).

Numa superfície bem enfarinhada, esticar a massa com o rolo e cortar as bolachas com os cortadores. Esta massa é um pouco mole e à medida que vai aquecendo vai-se tornando pegajosa. Caso seja difícil trabalhá-la, leve-a novamente ao frigorífico.

Dispor as bolachas num tabuleiro e levar ao forno pré-aquecido a 180º por 8 minutos. Deixar arrefecer completamente e decorar com o chocolate.



Para a decoração
  • 100 g de chocolate branco
  • 100 g de chocolate de leite
Partir os chocolates em pedaços pequenos e, em taças separadas, levar ao microondas na potência média por uns minutos. É importante ir parando o microondas de 1 em 1 minuto para o chocolate não queimar.

Está pronto a usar num saco de pasteleiro! Caso o chocolate solidifique dentro do saco, com um isqueiro ou fósforo, passe a chama pelo bico de pasteleiro por breves segundos. O chocolate voltará a derreter e poderá continuar o trabalho. Este procedimento só é possível, obviamente, para os bicos de pasteleiro metálicos.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Tarte de chocolate e caramelo salgado em crosta de oreo


Se um twix e uma bolacha oreo tivessem um filho, acho que seria uma mistura explosiva deste tipo que sairia. Caramelo, mais chocolate, mais o sabor da baunilha do creme das bolachas. Há coisa melhor do que misturar as guloseimas preferidas numa só receita? Acho que tenho de fazer isto mais vezes.

Esta tarte é uma junção intensa de chocolate, caramelo muito claro (e portanto muito doce), bolachas oreo e...sal. É, na verdade, uma mistura de várias sensações numa colherada: doce, salgado e um ligeiro amargo do chocolate. É a experiência de sabores completa!

Desta vez tive imensos provadores! Uns adoraram, outros ficaram um pouco "confusos" pelo sabor forte a sal. O primeiro impacto pode ser estranho, mas acho que, em parte, a culpa também foi minha. Coloquei algumas pedras de sal marinho sobre o ganache, e este é um condimento muito intenso. Por isso, na receita em baixo, substituí o sal marinho por flor de sal, que é mais fina e menos impositiva no sabor. No entanto, quem quiser ter a "experiência total" pode sempre colocar o sal marinho.

O sal pode não ser para todos mas, sinceramente, acho que sem o sal esta tarte seria muito enjoativa. Só dava mesmo para experimentar uma fatia muito pequenina. O sal corta o açúcar do chocolate e do caramelo e alivia a sensação adocicada.

Portanto, é isto. Uma tarte cujo sabor se desenvolve em duas camadas de chocolate (primeiro na crosta de oreos e depois na cobertura de ganache), num interior de caramelo de açúcar amarelo e manteiga, e numa pincelada superior de pequenas explosões salgadas. E o melhor é que não precisa de ir ao forno!

Não vos parece mal, pois não? Ora vejam a receita e as fotografias desta beleza.



Ingredientes e preparação dos elementos

Para a crosta:
  • 350 g de bolachas tipo oreo
  • 8 colheres de sopa de manteiga sem sal

No processador (ou com um rolo da massa), esmigalhar as bolachas até estarem praticamente em pó.

Juntar a manteiga derretida às bolachas e mistura até surgir uma massa.

Pressionar a massa sobre uma tarteira para formar a crosta da tarte.

Levar ao frigorífico por 30 minutos.

Para o caramelo:
  • 2/3 de chávena de açúcar amarelo
  • 8 colheres de sopa de manteiga sem sal
  • 1/4 de chávena de natas para bater

Num tacho pequeno, colocar o açúcar e a manteiga. Levar ao lume médio, mexendo sempre, até começar a ferver. Deixar borbulhar por mais um minuto e desligar o fogo.

Juntar as natas e mexer até ficar homogéneo.

Deixar arrefecer por 15 minutos.


Para o ganache:
  • 400 g de chocolate semi-amargo
  • 1 e 1/4 chávenas de natas para bater (mais ou menos 1 pacote e meio)
  • Flor de sal

Partir o chocolate em bocados e colocar num recipiente.

Levar as natas ao lume médio até começarem a fervilhar.

Deitar as natas sobre o chocolate e deixar descansar por 5 minutos.

Mexer até estar um creme liso e brilhante.

Antes de servir, guarnecer com flor de sal.

Montagem da tarte

Depois de esperar os 30 minutos de refrigeração da crosta e os 15 minutos de arrefecimento do caramelo, deitar o caramelo sobre a crosta, numa camada fina. Levar ao frigorífico por 30 a 45 minutos, para o caramelo solidificar.


Passado esse tempo, deitar gentilmente o ganache de chocolate sobre o caramelo. Com uma espátula ou colher, alisar o ganache. Refrigerar por pelo menos 30 minutos ou até servir a tarte.


Guarnecer com flor de sal a gosto.